domingo, 16 de maio de 2010

Grandes invenções subestimadas: fone de ouvido/óculos escuros

Aah o fone de ouvido...é tão baratinho e tão sinistro,uma ferramenta poderosa para quando a gente acorda "naquele" dia anti-social.Não tá afim de conversa?Coloca o fone de ouvido na bolsa,quando você pressentir o chato:"béééam"!Saca o fone de ouvido!Se ele insistir em falar com você vindo com a mão pra tirar o fone(tem gente folgada pra tudo) você desvia o olhar e faz uma dancinha frenética de pescoço enquanto some.Pronto.Do contrário você perderia seu pseudocoleguinha ou ele poderia jogar uma energia maléfica no universo contra você.
Além de te poupar de ouvir algum som desagradável quando o tem em mãos,de te permitir ouvir música alta quando tá todo mundo dormindo,de ouvir aquela música que só você acha legal até o final sem ter ninguém te xingando...enfim:apesar de achar que você já tenha percebido,nesse parágrafo to só enchendo línguiça...cansei de falar de fone de ouvido.A propósito,tô doida pra ir numa festa dessa http://oglobo.globo.com/cultura/mat/2010/01/08/festas-com-fones-de-ouvido-moda-na-europa-chegam-ao-rio-915492734.asp


Agora sobre o óculos escuros,não fui eu quem disse,foi Rauuul(não o vômito,o cantor mesmo):
"Quem não tem colírio usa óculos escuros"
(calma que não vou fazer apologia as drogas nem colar o link da marcha da maconha falando que tô louca pra ir também...)
É que pra mim só o óculos escuros tá legal,já é a maior viagem.É só colocar o óculos e "béééam!!":não escuto direito,deixo as coisas caírem no chão,acho que sou invisível,passo batom no dente(mentira,eu não uso batom,há! ),visto roupa ao avesso, tento tomar sorvete com a testa...enfim,óculos escuros é meio do mal...

sábado, 15 de maio de 2010

Relógio da parede da cozinha, repetições e reticências.

"Mudaram as estações, nada mudou. Mas eu sei que alguma coisa aconteceu, tá tudo assim tão diferente.."
tempo..tempo..tempo
O tempo passa.
Tão inquestionável essa afirmativa quanto a certeza de que vivemos.Viver talvez seja a coisa mais difícil de se entender, tanto quanto que o tempo passa.
Hoje me peguei olhando para o relógio da cozinha, é analógico, e num mundo tão informatizado os ponteiros, sons, perturbam, estranham..Parece tão lento! Ele é o relógio mais antigo que conheço o que não faz dele tão antigo assim, certo é que durante toda a minha vida ele, exatamente ele, esteve ali na parede da cozinha. Parado.
Armação de madeira, uma imagem no fundo, ponteiros brancos e um vermelho..difícil dizer se feio, exagerado talvez, acostumei-me com ele naquele lugar e ele se acostumou a marcar minha vida. Ele é testemunha de que estou vivendo. Não dá pra protestar, dizer que hoje não fiz nada, hoje não quis nada, vivi nada. Ele porém prova que tive as mesmas horas, minutos, segundos.
De repente eu tenho raiva dele que não pára, não espera, não se adianta para prevenir, não regressa para corrigir. Ele passa.
Lembro de dias em que ele demorou uma eternidade, lembro de dias que ele passou rápido, dias que poderia ter parado na eternidade...hoje, logo hoje ele só passa. E sempre cobra, se desperdiça o agora faz querer o ontem.
Viver é raro, tempo é caro, o relógio exato.
Enquanto escrevo essas linhas penso que o título perfeitamente poderia ser "aos 21", penso mais um pouco, poderia ser "aos 16", penso que poderá ser aos 30, 40..Enquanto escrevo essas linhas o tempo passa. Palavras repetidas ao vento, momento lento.
Passa o tempo.
"O pra sempre sempre acaba"
Por enquanto
Legião urbana